Conhecendo a Ginástica Artística
A Ginástica Artística é um conjunto de exercícios corporais sistematizados, aplicados com fins competitivos, em que se conjugam a força, a agilidade e a elasticidade. O termo ginástica origina-se do grego gymnádzein, que significa "treinar" e, em sentido literal, "exercitar-se nu", a forma como os gregos praticavam os exercícios.
História
Modalidades
A ginástica artística baseia-se na evolução técnica de diversos exercícios físicos. Para os homens, as provas são: barra fixa, paralelas, cavalo com arções, salto sobre o cavalo, argolas e solo. As Mulheres disputam exercícios de solo (com fundo musical), salto sobre cavalo (de 1,10m de altura, na transversal), paralelas assimétricas (de 2,30m e 1,50m de altura), e trave de equilíbrio (de 10cm de largura e 5m de comprimento).
Julgamento e Pontuação
Os exercícios de cada ginasta são julgados e pontuados por um júri. Existem os elementos obrigatórios em cada aparelho, que todos os ginastas devem praticar ou perderão pontos. O ginasta deve acrescentar outros elementos para obter pontos extras. Todos os exercícios tem um valor inicial, que para os homens é 8.6 e para as mulheres 9.0. Isto quer dizer que se o ginasta não acrescentar elementos que valem bónus, seu exercício poderá obter no máximo essas notas, mesmo que sejam executados perfeitamente. O valor de cada elemento e os movimentos obrigatórios de cada aparelho estão no "Código de Pontos" desenvolvido pela FIG (Federação Internacional de Ginástica). Este código muda a cada quatro anos, após as Olimpíadas, tornando-se mais difícil. Os juízes procuram erros de postura, de execução, dentre outros, para deduzir da valor inicial do atleta.
Competições
A ginástica faz parte das olimpíadas desde as competições de Berlim (1936), quando foram criadas as categorias masculina e feminina, individual e por equipa. A cada dois anos realizam-se campeonatos mundiais. Na Ginástica Artística Feminina, podem participar desses campeonatos e das Olimpíadas ginastas com 16 anos de idade ou mais.
Na história dos jogos olímpicos, destaca-se o desempenho das ginastas femininas, como a soviética Olga Korbut, medalha de ouro em Munique (1972), e a romena Nadia Comaneci, em Montreal (1976). Aos 14 anos, Comaneci obteve quatro vezes a nota dez do júri, alcançando ouro nos exercícios individuais, nas barras assimétricas e na trave de equilíbrio.
(Créditos: Eugênia del Vigna)
GINÁSTICA OLÍMPICA MASCULINA
Os homens competem em seis aparelhos – salto sobre o cavalo, paralelas, cavalo com arções, barra fixa, solo e argolas. A nota inicial das séries masculinas é 8.6. Para atingir a nota máxima de partida – 10 pontos – os ginastas devem executar, além dos movimentos obrigatórios, elementos extras que bonificam as suas rotinas.
I - SOLO
O exercício de solo para homens dura entre 50 e 70 segundos e ao contrário do feminino não é acompanhado de música.
II - CAVALO COM ARÇÕES
Está a 1,05m do solo e tem 1,60m de comprimento. O ginasta deve executar movimentos contínuos de círculos e tesouras. Apenas as mãos devem tocar o aparelho. Este aparelho é semelhante ao cavalo, possuindo contudo umas arções (são uns “apêndices” semelhantes a uns arcos que se encontram no cimo do cavalo).
III - ARGOLAS
Estão a 2,55m do solo. Durante a apresentação o ginasta deve ficar pelo menos dois segundos parado numa posição vertical ou horizontal em relação ao solo. As argolas devem sempre permanecer paradas.
IV – SALTO SOBRE CAVALO
O cavalo está a 1,35m do solo. O ginasta deve comunicar aos árbitros qual o salto que irá realizar para que se possa atribuir a nota de partida.
V – BARRAS PARALELAS
Estão a 1,75m do solo. Durante a apresentação o ginasta deve executar um movimento em que ambas as mãos não estejam em contacto com o aparelho.
V – BARRA FIXA
Está a 2,55m de altura. Durante a execução da prova o atleta deverá manter-se durante em movimento realizando movimentos como mortais e saltos encarpados.
GINÁSTICA OLÍMPICA FEMININA
A Ginástica Olímpica Feminina, modalidade constituída por quatro aparelhos, ou provas.
I - SALTO SOBRE O CAVALO
A chegada no trampolim deve ser com os dois pés e pode ser:
da corrida de aproximação ou de um elemento.
São permitidas 3 (três) corridas de aproximação, desde que a ginasta não tenha tocado o trampolim e ou o cavalo. Não é permitida uma quarta corrida.
Os saltos encontram-se classificados em quatro grandes grupos, onde os valores variam de 8 a 10.00 pts .
II - BARRAS PARALELAS ASSIMÉTRICAS
A avaliação do exercício começa com a impulsão no trampolim, ou colchões. O exercício deve ser composto de elementos de diferentes grupos. As partes de dificuldade A - B - C - D e E devem representar uma variedade dos seguintes grupos de elementos:
Dos grupos estruturais devem ser executados elementos com giros sobre o eixo longitudinal (piruetas) e transversal (mortais), trocas de pegas e elementos com voo.
III - TRAVE OLÍMPICA
A avaliação do exercício começa com a impulsão no trampolim até à saída. Dimensões: 1,25m de altura e 5m de comprimento.
A duração do exercício na trave de equilíbrio não poder ser menor de 1 minuto e 10 segundos, nem maior que 1 minuto e trinta segundos.
Durante o exercício devem ser criados pontos altos e dinâmicos com:
A. Elementos acrobáticos e ginásticos de diferentes grupos.
B. Variações no ritmo entre movimentos rápidos e lentos, para frente, lado e para trás.
C. Mudança do trabalho próximo e afastado da trave.
IV - SOLO
A duração do exercício de solo não pode ser menor que 1 minuto e 10 segundos nem maior que 1 minuto e trinta segundos.
O acompanhamento musical pode ser orquestrado, piano ou outro instrumento sem voz.
Ultrapassar a área de solo (12 m x 12 m ) significa tocar o solo com qualquer parte do corpo, fora da linha de marcação, a cada ultrapassagem existe uma dedução.
As partes de valor (dificuldade) A - B - C - D e E devem pertencer aos seguintes grupos de elementos:
Elementos acrobáticos com ou sem fase de voo para frente ou para o lado e para trás.
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