quinta-feira, 15 de março de 2012

Ginástica 2012

Conhecendo a Ginástica Artística

A Ginástica Artística é um conjunto de exercícios corporais sistematizados, aplicados com fins competitivos, em que se conjugam a força, a agilidade e a elasticidade. O termo ginástica origina-se do grego gymnádzein, que significa "treinar" e, em sentido literal, "exercitar-se nu", a forma como os gregos praticavam os exercícios.

História

Foi na Grécia antiga (durante os seus jogos, Olímpicos e outros) que a ginástica alcançou um lugar de destaque na sociedade, tornando-se uma actividade de fundamental importância no desenvolvimento cultural do indivíduo. Exercícios físicos eram motivo de competição entre os gregos, prática que caiu em desuso com o domínio dos romanos, mais afeitos aos espectáculos mortais entre homens e feras. Durante a sangrenta Idade Média, houve um desinteresse total pela ginástica como competição e o seu aproveitamento desportivo ressurgiu na Europa apenas no início do século XVIII. Foram então criadas as escolas alemã (caracterizada por movimentos lentos e rítmicos) e sueca (à base de aparelhos). Elas influenciaram o desenvolvimento do desporto, em especial o sistema de exercícios físicos idealizado por Friedrich Ludwig Jahn (1778-1852), o Turnkunst, matriz essencial da ginástica artística hoje praticada.

Modalidades

A ginástica artística baseia-se na evolução técnica de diversos exercícios físicos. Para os homens, as provas são: barra fixa, paralelas, cavalo com arções, salto sobre o cavalo, argolas e solo. As Mulheres disputam exercícios de solo (com fundo musical), salto sobre cavalo (de 1,10m de altura, na transversal), paralelas assimétricas (de 2,30m e 1,50m de altura), e trave de equilíbrio (de 10cm de largura e 5m de comprimento).

Julgamento e Pontuação

Os exercícios de cada ginasta são julgados e pontuados por um júri. Existem os elementos obrigatórios em cada aparelho, que todos os ginastas devem praticar ou perderão pontos. O ginasta deve acrescentar outros elementos para obter pontos extras. Todos os exercícios tem um valor inicial, que para os homens é 8.6 e para as mulheres 9.0. Isto quer dizer que se o ginasta não acrescentar elementos que valem bónus, seu exercício poderá obter no máximo essas notas, mesmo que sejam executados perfeitamente. O valor de cada elemento e os movimentos obrigatórios de cada aparelho estão no "Código de Pontos" desenvolvido pela FIG (Federação Internacional de Ginástica). Este código muda a cada quatro anos, após as Olimpíadas, tornando-se mais difícil. Os juízes procuram erros de postura, de execução, dentre outros, para deduzir da valor inicial do atleta.

Competições

A ginástica faz parte das olimpíadas desde as competições de Berlim (1936), quando foram criadas as categorias masculina e feminina, individual e por equipa. A cada dois anos realizam-se campeonatos mundiais. Na Ginástica Artística Feminina, podem participar desses campeonatos e das Olimpíadas ginastas com 16 anos de idade ou mais.
Na história dos jogos olímpicos, destaca-se o desempenho das ginastas femininas, como a soviética Olga Korbut, medalha de ouro em Munique (1972), e a romena Nadia Comaneci, em Montreal (1976). Aos 14 anos, Comaneci obteve quatro vezes a nota dez do júri, alcançando ouro nos exercícios individuais, nas barras assimétricas e na trave de equilíbrio.
 (Créditos: Eugênia del Vigna)

GINÁSTICA OLÍMPICA MASCULINA


Os homens competem em seis aparelhos – salto sobre o cavalo, paralelas, cavalo com arções, barra fixa, solo e argolas. A nota inicial das séries masculinas é 8.6. Para atingir a nota máxima de partida – 10 pontos – os ginastas devem executar, além dos movimentos obrigatórios, elementos extras que bonificam as suas rotinas.

 I - SOLO

O exercício de solo para homens dura entre 50 e 70 segundos e ao contrário do feminino não é acompanhado de música.

II - CAVALO COM ARÇÕES

Está a 1,05m do solo e tem 1,60m de comprimento. O ginasta deve executar movimentos contínuos de círculos e tesouras. Apenas as mãos devem tocar o aparelho. Este aparelho é semelhante ao cavalo, possuindo contudo umas arções (são uns “apêndices” semelhantes a uns arcos que se encontram no cimo do cavalo).

III - ARGOLAS

Estão a 2,55m do solo. Durante a apresentação o ginasta deve ficar pelo menos dois segundos parado numa posição vertical ou horizontal em relação ao solo. As argolas devem sempre permanecer paradas.

IV – SALTO SOBRE CAVALO

O cavalo está a 1,35m do solo. O ginasta deve comunicar aos árbitros qual o salto que irá realizar para que se possa atribuir a nota de partida.

V – BARRAS PARALELAS

Estão a 1,75m do solo. Durante a apresentação o ginasta deve executar um movimento em que ambas as mãos não estejam em contacto com o aparelho.

V – BARRA FIXA

Está a 2,55m de altura. Durante a execução da prova o atleta deverá manter-se durante em movimento realizando movimentos como mortais e saltos encarpados.

GINÁSTICA OLÍMPICA FEMININA

A Ginástica Olímpica Feminina, modalidade constituída por quatro aparelhos, ou provas.

I - SALTO SOBRE O CAVALO

Todos os saltos devem ser realizados com repulsão de ambas as mãos sobre o cavalo. A distância da corrida pode ser determinada individualmente. No limite máximo de 25m.
A chegada no trampolim deve ser com os dois pés e pode ser:
da corrida de aproximação ou de um elemento.
São permitidas 3 (três) corridas de aproximação, desde que a ginasta não tenha tocado o trampolim e ou o cavalo. Não é permitida uma quarta corrida.
Os saltos encontram-se classificados em quatro grandes grupos, onde os valores variam de 8 a 10.00 pts.

II - BARRAS PARALELAS ASSIMÉTRICAS

A avaliação do exercício começa com a impulsão no trampolim, ou colchões. O exercício deve ser composto de elementos de diferentes grupos. As partes de dificuldade A - B - C - D e E devem representar uma variedade dos seguintes grupos de elementos:
Dos grupos estruturais devem ser executados elementos com giros sobre o eixo longitudinal (piruetas) e transversal (mortais), trocas de pegas e elementos com voo.

III - TRAVE OLÍMPICA

A avaliação do exercício começa com a impulsão no trampolim até à saída. Dimensões: 1,25m de altura e 5m de comprimento.
A duração do exercício na trave de equilíbrio não poder ser menor de 1 minuto e 10 segundos, nem maior que 1 minuto e trinta segundos.
Durante o exercício devem ser criados pontos altos e dinâmicos com:
A. Elementos acrobáticos e ginásticos de diferentes grupos.
B. Variações no ritmo entre movimentos rápidos e lentos, para frente, lado e para trás.
C. Mudança do trabalho próximo e afastado da trave.

IV - SOLO

A duração do exercício de solo não pode ser menor que 1 minuto e 10 segundos nem maior que 1 minuto e trinta segundos.
O acompanhamento musical pode ser orquestrado, piano ou outro instrumento sem voz.
Ultrapassar a área de solo (12 m x 12 m) significa tocar o solo com qualquer parte do corpo, fora da linha de marcação, a cada ultrapassagem existe uma dedução.
As partes de valor (dificuldade) A - B - C - D e E devem pertencer aos seguintes grupos de elementos:
Elementos acrobáticos com ou sem fase de voo para frente ou para o lado e para trás.
Elementos gímnicos, tais como: voltas, saltos, combinações de passos e corridas e ondas corporais.


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segunda-feira, 12 de março de 2012

Andebol

Esta é a ficha de trabalho para o dia 14 de Março 2012.

Neste dia não há aula pelo que deverão realizar a seguinte ficha de trabalho.

Ficha de trabalho sobre andebol
Deves começar por ler o seguinte texto:

História:
(in: http://www.fpa.pt/)
Nem sempre é fácil determinar com precisão a origem dos vários desportos que hoje em dia atraem gente, quer como praticantes, quer como simples espectadores. Está, neste caso, o andebol, considerado um dos desportos mais jovens, se bem que tenha as suas origens na mais remota antiguidade.

Assim, já na antiga Grécia se praticava um jogo de bola na mão, conhecido por “jogo da Ucrânia”, que Homero descreve na Odisseia e do qual foi descoberto em 1926, em Atenas, um magnífico baixo-relevo que deve datar de 600 a.c.. Durante a Idade Média, os jogos de bola com a mão continuaram a ser praticados principalmente nas cortes, e foram baptizados pelos trovadores como “os primeiros Jogos de Verão”.

Em fins do século passado, em 1890, o professor de ginástica Konrad Kech criou um jogo com características muito semelhante às do andebol.


Na Checoslováquia, praticava-se já há muito um jogo popular e parecido como andebol, o “azena”, nome pelo qual este desporto ainda é conhecido naquele país.

Também muito antes de ser divulgado o andebol, em Portugal, existia na cidade do Porto um jogo muito semelhante, conhecido por “malheiral”, nome que lhe adveio do facto do seu criador ter sido o professor de Educação Física Porfírio Malheiro.

Na Bélgica, no curso normal provincial de educação física da província de Liège, em 1913, o professor Lucien Dehoux o andebol das três casas, que depressa se expandiu, chegando, entre 1915 e 1918, organizar-se campeonatos.

Em plena guerra, em 1917, apareceu na Alemanha um novo jogo de equipa, o andebol, imaginado pelo professor de Ginástica Feminina Wasc Heiser, que jogava com as duas alunas nas áleas de uma das principais avenidas de Berlim. Todavia, qualquer destes jogos não conseguiu impor-se e o andebol, como desporto devidamente codificado, só apareceu após a I Guerra Mundial.

Correntemente, atribuiu-se a sua criação aos alemães Hirschmann e Carl Schelenz. No entanto, o Uruguai reivindica para si a paternidade deste jogo, hoje tão popular em todo o Mundo.

Teria sido o seu criador o professor de educação física António Valeta, criador de muitos outros jogos nacionais uruguaios e que pretendeu fazer com ele uma réplica do futebol, tendo-lhe dado o nome de balon.

Pretendem os Uruguaios afirmar que foram alguns marinheiros alemães, pertencentes a vários navios, detidos no porto de Montevideu, ao iniciarem-se as hospitalidades da I Guerra Mundial e internados em campos de fixação, que, como praticantes entusiastas de educação física, tomaram contacto com o “balon” e desde logo se entusiasmaram. Mais tarde, ao serem repatriados, teriam difundido aquele jogo e teria sido o Dr. Carl Schelenz o autor da compilação da suas regras, o que deu origem à suposição que teriam sido os Alemães os criadores do andebol.

O grande incremento a nível do andebol mundial deve-se ao aparecimento da variante do andebol de sete, em vez do andebol de onze, praticado originalmente. Esta variedade foi criada nos países nórdicos (Suécia e a Dinamarca), onde, devido ao rigor dos Invernos, se tornava impossível praticar este desporto nos campos ao ar livre, tendo este ser substituídos por salas fechadas, o que obrigou à diminuição do número de jogadores em campo.

Esta modalidade veio despertar grande interesse, tendo-se disputado o I Campeonato do Mundo em 1938, com a vitória da Alemanha. Porém, só a partir de 1954 as competições internacionais de andebol de sete passaram a ser disputadas com regularidade.

Em Portugal, o andebol de onze começou a ser praticado na cidade do Porto, onde foi introduzido nos finais de 1929 pelo desportista alemão Armando Tshopp. A primeira apresentação oficial de um jogo de andebol teve lugar em 31 de Janeiro de 1931, no Porto, e ainda nesse ano foi formada a Associação de Andebol de Lisboa, seguida, em 1932, pela Associação de Andebol do Porto.

O andebol de sete foi introduzido em Portugal em 1949, por outro alemão, Henrique Feist, residente no nosso país. O primeiro torneio oficial da nova modalidade foi organizado por Feist, na vila de Cascais, no Verão de 1949.

A crescente popularidade do andebol de sete, tanto no nosso país como internacionalmente, levou à gradual extinção do andebol de onze, que desde há alguns anos deixou completamente de se praticar.

Campo de jogo
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